O Auxílio Brasil foi um dos temas mais debatidos pelos candidatos à presidência no ano de 2022. Com o resultado das eleições no último domingo (30), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente com 50,9% dos votos. Segundo a campanha do petista, a manutenção do valor de R$ 600 no benefício é uma de suas prioridades.
Nesta quinta-feira (3), o vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com o relator geral do Orçamento, Marcelo Castro (MDB). A reunião deu início ao período de transição do Governo atual para o de 2023. Alckmin defendeu a permanência do valor atual do benefício e garantiu que um valor menor é inegociável.
Entre as discussões referentes ao tema, o novo Governo pretende e deseja mudar o projeto enviado pelo atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), ao congresso. Como a votação do Orçamento de 2023 ocorre ainda neste ano, a ideia é conseguir mudar as considerações já apresentadas e adequá-las ao modelo dos novos representantes do Governo.
Antes da reunião, o relator Marcelo Castro afirmou: “Isso é inegociável. Não há como o auxílio não ser pago no valor de R$ 600, que foi o compromisso assumido pelo presidente eleito Lula”.
Apesar das promessas, para ser mantido o valor de R$ 600 do Auxílio Brasil, o país precisará superar um impacto de até R$ 52 bilhões. O tamanho do espaço fiscal ainda não foi informado e decidido pelos representantes.
Manutenção do Auxílio Brasil em 2023
O petista estabeleceu como uma de suas prioridades do Governo a manutenção do valor de R$ 600 nas parcelas do Auxílio Brasil. Como este valor só será disponibilizado até dezembro deste ano, é importante que as tratativas para negociação comecem antes da posse. O relator do orçamento está disposto a ajudar as demandas do partido.
A equipe do presidente Lula analisa com cautela os cenários possíveis para essa manutenção, pois segundo eles, o orçamento enviado pelo atual Governo não se sustenta. A reposição em áreas como educação e saúde serão extremamente necessárias.
O espaço do orçamento de 2023, para garantir a parcela de R$ 600 do Auxílio Brasil, precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional. Antes de tudo, o Governo precisa ter noção do quanto está disponível para ser gasto no próximo ano. A definição só acontecerá após o esclarecimento completo do orçamento do ano que vem.