Consignado do Auxílio Brasil tem alta adesão entre os beneficiários
O empréstimo consignado do Auxílio Brasil teve alta de adesão e chegou a beneficiar cerca de 700 mil brasileiros com acesso ao auxílio. Regulamentado no final do mês de setembro, o empréstimo começou a ser pago no dia 11 de outubro, e na sexta-feira seguinte ao seu início R$1.8 bilhões já tinham sido liberados pela Caixa Econômica Federal.
A atual presidente da Caixa, Daniella Marques, disse que o valor médio do empréstimo consignado do Auxílio Brasil é de R$ 2.6 mil. Além da Caixa, outras instituições financeiras também estão liberando a modalidade, seguindo as regras estipuladas pelo Governo Federal.
Regras para o consignado
- Taxa limite de juros: 3,5% ao mês;
- Limite máximo de parcelas: 24;
- Comprometimento do valor do benefício: 40%, ou seja, R$ 160.
O que os críticos têm a dizer
Antes mesmo da grande adesão, críticos já consideravam o empréstimo uma má ideia. Para analistas, o público de baixa renda, em situação socioeconômica vulnerável é um problema. Isso porque, o empréstimo consignado é descontado diretamente da conta do indivíduo, logo, sua renda já seria comprometida mensalmente.
Além disso, a medida pode ser vista como uma tentativa do atual presidente e candidato a reeleição de angariar votos. Isso porque a medida foi aprovada justamente em período eleitoral.
“Por isso que eu chamo de arapuca [o consignado do Auxílio Brasil], porque as pessoas estão desesperadas, precisando de dinheiro. Nesse momento está se oferecendo o dinheiro porque é um período eleitoral e até o final desse processo eleitoral vai oferecer muito dinheiro”, disse Miriam Leitão durante o Bom Dia Brasil.
Para a jornalista, o candidato Jair Bolsonaro tem utilizado a Caixa Econômica como ferramenta eleitoral. O que parece é que o candidato tem se aproveitado das brechas na lei para fazer aquilo que é proibido: oferecer benefícios em período eleitoral.