Ministro do Auxílio Brasil fracassa na corrida eleitoral

João Roma (PL-BA) era ministro da Cidadania na época em que o Programa Bolsa Família foi rebatizado para Programa Auxílio Brasil, mas apenas isso não tem sido suficiente para alavancar sua candidatura ao governo da Bahia.

O ex-ministro era o chefe do Ministério da Cidadania em novembro de 2021, época do surgimento do Auxílio Brasil, e deixou a pasta no final de março para concorrer ao cargo de governador da Bahia, disputando o comando do estado com grandes nomes já consolidados por lá, com ACM Neto (União-BA), ex-prefeito da capital Salvador, e Jerônimo Rodrigues (PT-BA), apoiado pelo atual governador Rui Costa (PT-BA).

Devido ao tempo em que passou a frente do Ministério da Cidadania, João Roma tem sido vendido pela campanha como o “pai” do Auxílio Brasil, mas o marketing voltado para as famílias mais pobres do estado baiano não tem apresentado um bom resultado, deixando o ex-ministro em terceiro lugar nas pesquisas de intenções de voto.

Segundo a pesquisa do instituto Real Time Big Data divulgada na última segunda-feira (5), Roma tem apenas 9% das intenções de voto, ficando atrás de Jerônimo Rodrigues, em segundo lugar com 24% das intenções de voto, e de ACM Neto, em primeiro lugar com 49% das intenções de voto.

Fracasso do ministro do Auxílio Brasil é fracasso de Bolsonaro

O fracasso da candidatura de João Roma na Bahia, apesar do Auxílio Brasil, também pode demonstrar um possível fracasso do presidente Jair Bolsonaro (PL) no estado, pois o atual candidato a reeleição a presidência é o principal apoiador do ex-ministro, enquanto o segundo colocado, Jerônimo Rodrigues, é o candidato oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorre a presidência contra Bolsonaro.

Já o primeiro colocado nas pesquisas a governador, ACM Neto, deveria apoiar Soraya Thronicke (União Brasil) que pertence ao seu partido, mas no começo de sua campanha decidiu se manter longe da candidata e da polarização, entretanto, recentemente, tem conversado muito com eleitores de Lula, fato que pode indicar uma tendencia de derrota de Bolsonaro entre os baianos.

Atualmente, o Auxílio Brasil atende a pouco mais de 20,2 milhões de brasileiros, e Bolsonaro tem apostado nos pagamentos de R$600 para alavancar sua popularidade e de seus aliados entre os eleitores, mas as últimas pesquisas mostraram que a maior parte dos beneficiários acredita que os aumentos recentes foram feitos apenas pela proximidade das eleições e estão mais inclinados a votar em Lula.

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