Valores da época do governo Collor podem ser resgatados por 470 mil brasileiros

Valores que foram perdidos por diversos brasileiros na era do ex-presidente Fernando Collor podem ser resgatados neste ano.

Mais de 470 mil brasileiros em todo o país podem receber ainda neste ano de 2023 valores referentes a perdas econômicas da época da gestão do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello. O levantamento foi feito pela Frente Brasileira Pelos Poupadores (Febrapo). De acordo com a informação da instituição, poderão reaver o dinheiro aqueles que tenham perdido quantias nos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e Collor II.

Esta foi a primeira vez que a Febrapo levantou a média de valores: 70% dos pagamentos estão calculados em até R$ 30 mil. No entanto, existem aqueles que têm direito de receber quantias maiores, que superam o valor de R$ 100 mil. “É um volume significativo de pessoas que ainda podem se beneficiar e obter justiça financeira depois de tanto tempo de espera”, diz Ana Carolina Seleme, diretora executiva da Febrapo. “Aderir ao Acordo é a maneira mais rápida, segura, garantida e justa de finalizar o processo judicial”, completa.

A Febrapo aponta que 470 mil pessoas ainda podem recorrer ao acordo e receber o dinheiro em um período de até 15 dias. Além disso, a adesão é gratuita e voluntária, podendo ser feita somente por aqueles com processos judiciais já abertos.

Como receber os valores da era Collor

Os valores podem ser recebidos por aqueles que aderirem ao Acordo Coletivo dos Planos Econômicos, que é considerado o maior já firmado pelo judiciário brasileiro, segundo a Febrapo. A negociação envolve, além da própria instituição, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), a Advocacia Geral da União (AGU) e o Banco Central do Brasil, sendo homologada em 2018 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Até então, mais de 300 mil pessoas já foram beneficiadas.

A Febrapo ainda estima que 470 mil pessoas podem aderir a este acordo. É possível entrar em contato com a instituição através dos telefones 0800 775 5082 ou (11) 3164-7122. O contato também pode ser feito por meio do Whatsapp, pelo número (11) 94284-4287. É válido destacar que prazo prescricional para ajuizamento das ações referentes a este caso é de 20 anos, e a partir da data do plano econômico discutido, o que significa que, para ter o dinheiro de volta, é necessário que a ação tenha sido ajuizada até o ano de 2011. 

Os planos econômicos da era Collor foram bastante contestados por economistas e pela população em geral na época. A gestão do ex-presidente ficou marcada, também, pelo confisco da poupança de diversos cidadãos, e por isso, essa é uma maneira de indenizar o público que foi prejudicado no início da década de 1990.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.