Black Friday 2023: cuidado com os golpes mais comuns
O período de grandes ofertas é a época “predileta” dos golpistas; saiba como se prevenir
Faltando pouco menos de 10 dias para a chegada da Black Friday, que acontece em 2023 no próximo dia 24 de novembro, os consumidores de todo o Brasil devem estar atentos para não cair em golpes e transformar a expectativa de fazer bons negócios em uma péssima dor de cabeça e prejuízos.
Diogo Sersante, especialista em prevenção a fraudes da Incognia, fez um levantamento apontando os principais golpes aplicados durante o período de promoções especiais. Tendo isso em mente, a seguir, confira os cuidados necessários para não se tornar uma vítima.
Prevenção é fundamental
Segundo o especialista, não é recomendável fornecer informações bancárias e documentos quando não há segurança de que o site ou plataforma é confiável. Além disso, não é indicado baixar aplicativos fora das lojas oficiais dos sistemas operacionais, como App Store (Apple/iOS) e Play Store (Google/Android).
Para Sersante, a prática chamada de phishing, estratégia golpista que utiliza engenharia social, que se resume ao fraudador se passar por uma organização de confiança é uma das mais perigosas. “Eles [os criminosos] enviam um e-mail ou SMS para o usuário, muitas vezes com links infectados por malwares, para enganar e fazer compartilhar informações sensíveis, como credenciais de acesso ou dados de cartões, ou infectar o dispositivo“, explica.
Ao se empossarem desses dados, os criminosos conseguem acessar as contas dos usuários e fazem compras usando informações pessoais e bancárias da vítima, destaca o especialista. Além dos prejuízos financeiros, o processo ainda destrói a confiança do usuário na plataforma de comércio eletrônico.
Como bem sabemos, o PIX oferece mais facilidade nos pagamentos, mas, infelizmente, também pode ser utilizado por bandidos para aplicar golpes. Sersante sugere cadastrar as chaves apenas nos canais oficiais de instituições financeiras e não salvar dados diretamente em aplicativos ou plataformas de compras.
“Fique atento a qualquer contato recebido se passando por instituição financeira e não forneça suas credenciais de acesso em nenhuma hipótese“, alerta o especialista. Sersante salienta que as companhias devem optar por soluções mais robustas e que não confiem somente em credenciais estáticas de acesso, como login e senha.
Para o especialista da Incognia, recursos como o uso da localização para proteger os usuários legítimos, proporcionam autenticação dinâmica e contínua, visando impedir as fraudes antes que elas aconteçam. “[Elas] já são uma realidade que tornam o ecossistema ainda mais seguro“, pontua Sersante.
Já Alessandro Fontes, co-fundador da plataforma especializada em verificação de golpes Site Confiável, ressalta que o principal ponto a se prestar atenção é a falsa sensação de segurança que alguns sites podem passar ao consumidor apenas por possuir os prefixos “https” ou “ssl”.
Vale lembrar que esse protocolo serve para criptografar os seus dados durante uma transação de informações, mas, isso não significa uma garantia de segurança ou de confiabilidade, tendo em vista que a maioria dos sites fraudulentos possuem o “hhtps”, explicou Fontes.