Presidente do Banco Central: “Em até dois anos, não terá mais app de Bradesco e Itaú”
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou recentemente que em cerca de dois anos, não será mais necessário utilizar app’s do Bradesco e Itaú.
O Banco Central do Brasil (BC) é uma das principais instituições ligadas à economia brasileira, visto que é através dele que diversos bancos funcionam em todo o país. Além de possuir diversas normas regulamentadoras para as atividades de instituições bancárias, o BC também é responsável pelo desenvolvimento financeiro do Brasil.
Por esse motivo, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deu declarações recentemente sobre as atividades de aplicativos de bancos tradicionais, como Bradesco e Itaú. De acordo com ele, esses apps deverão acabar em cerca de dois anos. “Em até um ano e meio, dois anos, não terá mais app de Bradesco, Itaú. Será um app agregador que, pelo Open Finance, vai dar acesso a todas as contas”, disse Roberto Campos Neto em um evento realizado em Chicago, nos Estados Unidos.
Ele explicou que o Open Finance irá permitir o compartilhamento de informações financeiras que irão diminuir a necessidade de que os usuários tenham apps de bancos diferentes. Ou seja, será possível executar diversas ações bancárias através de um único aplicativo.
Campos Neto prevê um app único para clientes de bancos
“Você vai ter seu fluxo [financeiro de todos os bancos] consolidado em um instrumento só. Hoje, a gente paga o cartão de crédito, e tem aquele ‘dois de três [parcelas], cinco de oito’, e você não sabe mais quanto que você deve. Você vai apertar um botão [no superapp] e vai ter lá todo o seu fluxo de caixa”, disse o presidente do Banco Central.
O presidente do BC já falou sobre a possibilidade de um único aplicativo para os bancos em outras ocasiões. O plano do Banco Central é que a nova ferramenta traga para o cliente todas as informações e ferramentas necessárias, para que tenham acesso ao que é necessário em apenas um lugar.
Com isso, seria possível ter acesso a funções como conhecer a taxa de juros que cada banco tem antes de pagar algo com crédito, escolher de qual banco será retirado dinheiro para realizar uma transferência, converter de moeda física para moeda digital e realizar investimentos. “Se quiser fazer crédito, vai aparecer a taxa de juros de cada banco para aquela operação. Vai poder competir online pela sua operação”, explicou Campos Neto.
O Banco Central já está trabalhando há algum tempo no desenvolvimento dessa plataforma, e em outubro deu início a uma nova fase do Open Finance. Os usuários podem compartilhar informações de investimentos em fundos, renda fixa e renda variável, com as instituições participantes.