Estados recebem alerta de perigo por conta das ondas de calor no Brasil
Os meteorologistas estão em alerta para uma onda de calor que está passando pelo Brasil neste mês de novembro, e pode atingir 12 estados.
Diversos estados brasileiros estão recebendo alerta por conta de uma possível onda de calor que deve passar pelo país em breve. A previsão meteorológica deu conta de que a onda teria seu início no país no último sábado (11) e no último domingo (12). Mas ainda existe a previsão de que esse calor deverá se intensificar no decorrer desta semana.
Essa é a quarta onda de calor vivenciada no Brasil neste ano de 2023. De acordo com os meteorologistas, essa poderá ser mais forte do que as ondas de calor que ocorreram nos meses de agosto, setembro e outubro de 2023.
A previsão é de que ao menos 12 estados brasileiros e o Distrito Federal devem registrar vários dias com temperaturas pelo menos 5°C acima do normal para novembro. São eles: Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, Tocantins, Bahia, Maranhão e Piauí.
Ondas de calor devem atingir 12 estados brasileiros neste mês
“Estamos diante de uma onda de calor histórica, em um mês em que normalmente temos a umidade se espalhando de novo sobre o país, com chuvas amplas e volumosas, com radiação solar mais intensa e dias mais longos. Potencialmente teremos recordes mensais para novembro em Palmas, Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Cuiabá e Campo Grande”, disse o meteorologista Vinicius Lucyrio.
A especulação é que essa onda de calor seja mais duradoura do que as demais. “É possível que esta onda de calor seja mais forte do que a de setembro, em termos de duração e abrangência”, explica Vinicius. Com isso, é possível que um recorde histórico de calor no Brasil seja superado. Isso porque, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, a maior temperatura oficialmente medida no Brasil, até agora, foi de 44,8°C, na cidade de Nova Maringá, localizada no Mato Grosso. O fato ocorreu nos dias 4 e 5 de novembro de 2020, durante uma onda de calor da primavera de 2020.
As ondas de calor se constituem por conta da atuação de uma massa de ar quente, que, mediante a alteração das características atmosféricas locais, provoca principalmente o aumento das temperaturas locais. Em suma, elas são geradas a partir de bloqueios atmosféricos causados por grandes sistemas de alta pressão atmosférica.
Com essa alta pressão, a subsidência deixa o ar mais seco e a redução da umidade do ar inibe o crescimento das nuvens, diminuindo as possibilidades de chuvas. Com isso, a alta pressão atmosférica naturalmente comprime o ar próximo da superfície, fazendo o ar esquentar mais.
