Alta das passagens aéreas sobe IPCA em 0,24% em outubro

As passagens aéreas são bastante consumidas no final de ano, visto que é um período de alta estação do turismo para muitas cidades brasileiras. Apesar da alta procura pelos voos, a alta de passagens aéreas acabou influenciando o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País) durante o mês de outubro, que registrou uma alta de 0,24%.

A informação foi divulgada ainda na última sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que apontou que a inflação acumulada foi de 3,75%, e nos últimos 12 meses, de 4,82%. No entanto, o dado de outubro ficou abaixo do esperado, visto que era estimada uma inflação de 0,29% na comparação mensal e de 4,87% em 12 meses.

De acordo com o gerente do IPCA, André Almeida, o resultado do mês de outubro foi impulsionado pelos preços das passagens aéreas, que tiveram uma alta de 23,70% na comparação com o mês anterior. “É o segundo mês seguido de alta das passagens aéreas. Essa alta pode estar relacionada a alguns fatores, como o aumento no preço do querosene de aviação e a proximidade das férias de fim de ano”, disse André por meio de uma nota.

Passagens aéreas causam alta no IPCA

Após a alta de 0,26% em setembro, a inflação mensal divulgada em outubro representou uma desaceleração. De acordo com o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços mostraram inflação no mês. Os destaques ficaram para o setor de transportes (0,35%) e alimentação e bebidas (0,31%), que tiveram maior peso no índice.

Ainda houve destaque para as altas do táxi (1,42%) e do óleo diesel (0,33%), que foi o único item dos combustíveis que registrou inflação. No mesmo período, os preços da gasolina (-1,53%), do gás veicular (-1,23%) e do etanol (-0,96%) ficaram em queda. “A gasolina é o subitem de maior peso entre os 377 da cesta do IPCA. Essa queda em outubro foi o maior impacto negativo no índice (-0,08 p.p) e contribuiu para segurar o resultado do grupo de transportes”, explica o gerente da pesquisa.

No setor de alimentação e bebidas, a alta maior ficou por conta do arroz, devido à oferta no período. “O arroz acumula alta de 13,58% no ano. Esse resultado é influenciado pela menor oferta, já que ele está no período de entressafra e houve maior demanda de exportação. No caso da batata e da cebola, a menor oferta é resultado do aumento de chuvas nas regiões produtoras, que prejudicou a colheita”, explica André Almeida.

Por sua vez, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,12% em outubro, acumulando um aumento de 3,04% no ano e de 4,14% nos últimos 12 meses.

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