ATENÇÃO! 60 milhões de cartões de crédito serão CANCELADOS

O Banco Central está analisando dados para até o fim do ano, estipular um veredito sobre o limite de juros dos cartões de crédito. Varejo e bancos discordam

Nesta terça-feira (07), na cidade de São Paulo, houve uma nova iniciativa para alcançar um acordo em relação ao limite de juros do cartão de crédito. No entanto, a reunião convocada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que contou com a participação de 17 entidades representando setores comerciais, a indústria de cartões e a Febraban, terminou mais uma vez sem que um consenso fosse alcançado.

O Banco Central está prosseguindo com a análise dos dados para examinar como o parcelamento sem juros afeta a inadimplência e as taxas aplicadas pelos bancos. Entretanto, o prazo para apresentar os resultados, estipulado pelo Congresso, é até 31 de dezembro.

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Explicação de todos envolvidos no uso de um cartão de crédito. (Foto: reprodução/CNN)

Cartões de crédito e juros

A disputa das companhias de cartão de crédito e os segmentos de varejo, contra as instituições bancárias, continua sem resolução. Segundo Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), três estudos foram disponibilizados pela Abecs, Abranet e Abipag, indicando que não há uma ligação direta entre o parcelamento sem juros e a inadimplência, sugerindo que essa não seja a raiz dos altos juros.

O presidente do Itaú, Milton Maluhy Filho, alertou sobre as consequências negativas da implementação de um limite para as taxas de juros do cartão de crédito. Ele enfatizou que, se o país mantiver uma taxa de juros de 8%, será necessário fazer cortes, o que resultaria na exclusão de aproximadamente sessenta milhões de cartões de crédito do mercado, impactando a economia em até R$ 350 bilhões.

Além disso, Maluhy salientou que a abordagem na questão do crédito rotativo está se tornando excessivamente política, em vez de se basear em análises técnicas. Ele apontou que, se não houver uma solução nos próximos 90 dias, como previsto na lei recentemente aprovada no Congresso, a aplicação automática do teto não resolverá o problema.

Lado dos bancos

Maluhy observou que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) estima que restrições recentes ao crédito consignado já resultaram na retirada de R$ 2 bilhões da produção mensal do mercado. No entanto, a própria Febraban continua advogando pela limitação do parcelamento em seis vezes como uma medida para diminuir as taxas.

As instituições bancárias justificam que o parcelamento sem juros é um dos elementos que influenciam nas altas taxas de juros do crédito rotativo do cartão, uma vez que a extensão do prazo de pagamento das compras aumenta o risco de inadimplência para os bancos. Isso, por sua vez, resulta em taxas de juros mais elevadas.

O Banco Central, por outro lado, opta por não emitir comentários sobre estudos que ainda não foram finalizados, e representantes da instituição sugerem que é cedo demais para descartar ou adotar qualquer proposta.

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