Número de empresas saindo da bolsa de valores aumenta o dobro
Diversas empresas que estão ligadas diretamente a bolsa de valores, estão se desligando do mercado de capitais neste ano.
A Bolsa, Brasil, Balcão (B3) é a bolsa de valores brasileira responsável pelo mercado de capitais de diversas empresas do país. É por meio dela que muitos cidadãos podem investir dinheiro na compra de ações ordinárias, preferenciais e de outros tipos. Além disso, também é possível investir em fundos imobiliários e ter acesso a outros diversos tipos de investimento, que possibilitam que os investidores faturem por meio disso.
Nos dias de hoje, a abertura de capital representa um passo bastante importante para as empresas, visto que existe um grande número de pessoas vendendo e comprando ações todos os dias. No entanto, mesmo após uma empresa abrir seu capital e colocar suas ações na bolsa, é possível que ela deixe a bolsa de valores, e esse é um movimento que está ocorrendo atualmente.
Isso porque o número de Ofertas Públicas de Aquisição de Ações (OPAs) para cancelamento de registro na Bolsa junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chegou a sete neste ano. Ou seja, antes mesmo de acabar, o ano de 2023 já possui mais que o dobro das três OPAs que haviam sido registradas em 2022. O mesmo número chegou a se repetir em 2019. No entanto, ainda existem mais dois pedidos em análise da CVM.
Empresas deixam a Bolsa de Valores em 2023
Até o momento, as empresas que pediram cancelamento de registro neste ano foram a IGB Eletrônica, Banco Besa, Têxtil Renauxview, Longdis, EDP Energias do Brasil, CEEE-G e BR Properties. Além disso, Corrêa Ribeiro (CORR4) e Banrisul (BRSR6) estão com os pedidos de desligamento em análise. No caso do banco gaúcho, foi informado que o pedido abrange apenas sua controlada Bagergs, que é uma empresa que não possui papéis negociados no mercado.
De acordo com especialistas ligados ao mercado financeiro, existem alguns motivos explicáveis para esses desligamentos. “Geralmente essas OPAs de deslistagem acontecem em empresas bem pouco líquidas, cuja ação praticamente parou de ser negociada e o controlador decide fazer um resgate desses papéis, que sobraram na mão de poucos acionistas para fechar o capital da empresa e acabar com custos regulatórios”, explica o analista fundamentalista da Quantzed, Leonardo Piovesan.
Apesar do número ser alto em relação aos anos anteriores, já houve anos em que o desligamento foi maior, como foi o acaso do ano de 2002, quando houve pela primeira vez registros de deslistagem. Na ocasião, 16 empresas chegaram a se desligar da bolsa de valores brasileira.