Drogasil fecha unidade após anos em funcionamento; entenda o que aconteceu

A notícia, como é de se imaginar, pegou diversos consumidores de surpresa

Tendo sido fundada lá na década de 1930, a Drogasil se tornou uma das maiores redes farmacêuticas do país. Inclusive, como é de se imaginar, a marca disputa o mercado com outras farmácias renomadas, como a Drogaria São Paulo e as Farmácias Pague Menos.

Nos dias de hoje, a companhia possui mais de 600 lojas espalhadas pelo país e faz parte de um grupo com mais de 1.400 unidades, junto com a Droga Raia. No entanto, o fechamento de um dos pontos de venda chamou a atenção dos clientes.

Em 2019, a Drogasil, da Rua Marquês de Caravelas, na Barra, em Salvador (BA), anunciou que estava encerrando suas atividades. O informe foi veiculado nas redes sociais da empresa, após anos de funcionamento e pegou diversos clientes de surpresa.

Na época, antes da chegada da pandemia da COVID-19 no Brasil, nenhuma justificativa oficial foi publicada. Entretanto, diversos consumidores deixaram sua insatisfação nos sites de reclamação, tendo em vista que o estabelecimento fechado era um dos mais procurados da cidade baiana.

Problemas envolvendo os CPFs dos clientes

De acordo com o UOL Economia, a Drogasil e a Droga Raia devem esclarecer o uso de dados pessoais dos consumidores à Justiça. Como aponta a reportagem, ambas as redes estariam compartilhando as informações por meio de uma companhia de anunciantes chamada RD Ads.

Ainda segundo a publicação, para coletar os dados, as farmácias fingem estar oferecendo descontos em remédios e outros produtos, caso o cliente informe o número de CPF. Entretanto, como informou a matéria do UOL, não há redução nenhuma no valor.

Outro exemplo dado pelo jornal foi uma caixa com 12 comprimidos de um genérico do anti-inflamatório Nimesulida custava R$ 31,78 na Droga Raia de São Paulo, sem o CPF. Já com o documento, o preço, supostamente, caía para R$ 8,50, tendo um desconto de 73%.

Por outro lado, uma rede de hospitais privados pagou R$ 4,39 pela mesma caixa de Nimesulida. Nos órgãos públicos, o preço registrado é de R$ 1,08. Ou seja, o preço de R$ 31,78 não é real, assim como a redução promocional aos clientes que inserem o CPF.

Além disso, a redação expôs um escândalo, tendo em vista que uma consumidora revelou que a Droga Raia mantinha um longo histórico dela desde 2009, como medicações, datas, locais e procedimentos. Estes dados vinham sendo compartilhados com a companhia de propagandas especializadas.

Rede Santa Marta em situação complicada

Apesar do pedido de recuperação judicial, a rede ainda conta com 45 lojas em funcionamento, empregando cerca de 540 funcionários. Pelo fato do processo ainda correr na Justiça, a companhia ainda tem a chance de se reestruturar financeiramente e voltar a ser a gigante que sempre foi, com uma recuperação que contemple medidas para quitar as dívidas.

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