Governo bate o martelo sobre empréstimo consignado do INSS

Na última segunda-feira (16), o Ministério da Previdência Social publicou a resolução 1.359, que sugere que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) reduza a taxa de juros do empréstimo consignado oferecido aos seus contemplados. Neste sentido, o teto de juros passará de 1,91% para 1,84% ao mês.

Além disso, a resolução prevê que as transações realizadas por meio do cartão de crédito e cartão consignado do benefício tenham o teto de juros reduzido, passando de 2,83% para 2,73% mensalmente. Sendo assim, a publicação formaliza a decisão tomada na semana passada, pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS).

O que decidiu o CNPS?

Após decidir sobre o teto de juros do consignado no INSS, o CNPS passou a acompanhar a redução da taxa básica de juros (Selic), que foi de 13,25% para 12,75% ao ano, conforme a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

Logo, a redução do teto de juros do INSS passará a valer em cinco dias. Dessa forma, além dos aposentados e pensionistas segurados pela autarquia, serão beneficiados pela redução de juros aqueles que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Bancos são contra a redução dos juros no consignado do INSS

Por outro lado, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) foi contra à redução dos juros do consignado do INSS. A entidade afirma que poderá haver uma queda significativa na oferta da modalidade para aposentados e pensionistas. De acordo com a instituição, a diminuição do teto de juros foi “artificial e arbitrária”, uma vez que não foi levado em conta critérios técnicos e custos.

Na nota divulgada pela Febraban, eles apontam que a decisão do CNPS não abre espaço para o diálogo. Além disso, foi destacado a falta de uma análise técnica mais profunda de todas as variáveis que impactam diretamente nos cursos e riscos, em especial ao que se refere ao consignado do INSS.

Vale a pena solicitar o empréstimo consignado do INSS?

Apesar de aparecer como uma oportunidade para aqueles que precisam de dinheiro, solicitar esse tipo de linha de crédito exige atenção, tendo em vista que as parcelas são descontadas automaticamente da folha de pagamento, isto é, diretamente do benefício concedido pelo órgão.

Neste cenário, as instituições financeiras que oferecem o consignado podem ofertar diferentes taxas de juros. No caso do empréstimo ligado ao instituto, há um teto imposto para que as alíquotas sejam estabelecidas. A seguir, veja quais são as taxas de juros cobradas pelos principais bancos do Brasil na modalidade:

• 1. Itaú: 1,91% ao mês;
• 2. Banco do Brasil: 1,89% ao mês;
• 3. Bradesco: 1,81% ao mês;
• 4. Banco Inter: 1,80% ao mês;
• 5. C6 Bank: 1,80% ao mês;
• 6. Caixa Econômica Federal: 1,79% ao mês;
• 7. Santander: 1,77% ao mês.