Fila do Auxílio Brasil é superior ao informado e milhões seguem sem receber

Segundo a Confederação Nacional do Municípios (CNM), o número de famílias que aguardavam em maio para receber o benefício do Programa Auxílio Brasil era maior do que o anunciado pelo Ministério da Cidadania.

Enquanto o ministério apontava 765 mil famílias aguardando na fila de espera do programa de transferência de renda, a CNM informou que o número real seria de 1,8 milhão de famílias, o dobro do informado pela pasta.

Essa diferença ocorreria porque o levantamento da CNM leva em conta apenas as informações do cadastro da famílias inscritas no CadÚnico, o Cadastro Único do governo federal, e o Ministério também levaria em conta outros fatores para definir os beneficiários.

O Auxílio Brasil foi criado em novembro do ano passado para substituir o Bolsa Família no atendimento as famílias em situação de vulnerabilidade social inscritas no CadÚnico.

Famílias do Auxílio Brasil

Até o mês passado o programa atendia cerca de 18 milhões de famílias ao mês com R$400 em média, mas uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) aprovada pelo Congresso Nacional autorizou a ampliação do programa por meio da inclusão do novos beneficiários e pela elevação do valor pago temporariamente.

A partir de agosto as famílias passarão a receber um crédito extraordinário de R$200 ao mês, que junto aos R$400 já recebidos deverá somar R$600 por cinco meses, entre agosto e dezembro, devendo voltar ao valor padrão em janeiro de 2023.

Além disso, foram incluídas 2 milhões de novas famílias ao programa Auxílio Brasil que aguardavam na fila de espera, somando pouco mais de 20 milhões de famílias atendidas a partir de agosto pelo programa de transferência de renda.

Fila do programa

O ministério da Cidadania afirmou que a fila de espera do programa Auxílio Brasil foi zerada pois “a inclusão de mais de 2,2 milhões de famílias de julho para agosto garantiu atendimento pleno de todas as famílias que apresentavam, no Cadastro Único, perfil para serem contempladas”.

Mas devido aos novos valores anunciados e os altos preços provocados pela inflação, muitas famílias que estão com problemas para fechar as contas do mês e não estão conseguindo comprar nem alimentação básica passaram a se inscrever no CadÚnico a procura do benefício.

Esse fator pode ser visto diariamente através das imagens em jornais que mostram famílias aguardando de um dia para o outro em filas em frente a locais que realizam a inscrição ou atualização de dados do cadastro para receber o benefício.

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