Pacote de bondade com Auxílio Brasil de R$ 600 trará despesa extra de 281 bilhões para próximo governante

A criação de medidas para ajudar certas categorias, bem como a melhoria no repasse de benefícios sociais, como o aumento de R$ 200 mensais no Auxílio Brasil, até o fim deste ano vão impactar as contas públicas de 2023.

O candidato à Presidência que vencer as eleições em outubro terá que administrar os custos das medidas adotadas pelo atual governo e o Congresso Nacional.

A diminuição dos recursos pode chegar a R$ 281,4 bilhões com a redução dos caixas dos governadores e dos prefeitos, em função da desoneração permanente do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O pacote que visa proporcionar uma ajuda financeira a grupos de brasileiros atingidos pela alta dos preços de produtos essenciais, como a cesta básica e o gás de cozinha, causou uma discussão sobre a influência desses repasses nos resultados eleitorais.

Contudo, mesmo com as medidas funcionando em caráter “emergencial” e tendo a aprovação tão próxima ao pleito, a oposição apoiou a proposta, fazendo ressalvas ao tempo em que ela foi apresentada.

Gastos do pacote de “bondades” que inclui os R$ 600 do Auxílio Brasil

Segundo o cálculo dos efeitos das medidas no primeiro ano do próximo governo, feito pelo economista sênior da consultoria LCA, Bráulio Borges, a pedido do jornal Estadão, existe ainda um gasto extra de R$ 25 milhões a ser considerado.

Ele se deve ao reajuste de 10% para os servidores públicos, que deve vir a partir de março de 2023. Esse reajuste será, portanto, mais uma conta para o novo governo, mesmo que o percentual não reponha nem metade da inflação acumulada de 25%, segundo a estimativa para o período de 2020 a 2022.

Também é necessário observar a promessa de ambos os candidatos que lideram as pesquisas eleitorais, o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de sustentarem o piso de R$ 600 do Auxílio Brasil no próximo ano, o que gera um custo adicional de pelo menos R$ 60 bilhões.

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