Após derrota nas pesquisas eleitorais, Bolsonaro usa Auxílio Brasil para segurar aliados

Os baixos percentuais de intenção de votos, divulgados na noite de ontem (28) pela pesquisa Datafolha, assustaram apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que usou o Programa Auxílio Brasil para segurar os aliados.

Segundo a pesquisa, Bolsonaro teria 29% das intenções de votos contra 47% do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT), e a situação piora entre as pessoas que ganham até dois salários mínimos, onde Lula aparece com 54% contra 23% de Bolsonaro.

Após a divulgação, muitos aliados do presidente alegaram que deixariam o grupo bolsonarista e seguiriam para a corrida eleitoral sozinhos ou ao lado de Lula, o que gerou certo desconforto no Palácio do Planalto.

Mas, dirigentes da campanha a reeleição do atual presidente agiram rapidamente junto a base aliada e pediram que esses aliados aguardassem o pagamento dos R$600 do Auxílio Brasil, que ocorrerá a partir do dia 9.

Beneficio é fundamental para campanha

A pesquisa do Datafolha não trouxe nenhuma novidade, pois os números vem se repetindo a muitos meses, sofrendo leve alteração para mais ou menos entre os dois candidatos, mas sempre colocando Lula a frente de Bolsonaro.

Porém, a pouco mais de dois meses das eleições, a informação de que Bolsonaro estava com menos de 30% das intenções de votos assustou alguns aliados mas, depois de muitas conversas, a maioria concordou em aguardar pelo pagamento do Auxílio Brasil.

A esperança dos dirigentes da campanha é que após os primeiros pagamentos de R$600 do Auxílio Brasil, que ocorrerão ainda na primeira quinzena de agosto, os números a favor do atual presidente subam gradualmente e ele ganhe mais competitividade frente a Lula.

O Auxílio Brasil de R$600

O Auxílio Brasil foi criado em novembro do ano passado, em substituição ao Bolsa Família, para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade social inscritas no Cadastro Único do governo federal.

O Programa uniu vários benefícios já existentes em um e, com isso, conseguiu pagar mensalmente um ticket médio maior do que o pago até então pelo Bolsa Família, até que no início do ano foi aprovado o valor mínimo de R$400.

No início desse mês, o governo enviou ao Congresso uma Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que, depois de aprovada em uma tramitação recorde, aprovou um pagamento extra de R$200 até dezembro para as famílias, totalizando R$600 por cinco meses, e fazendo do programa o mais importante cabo eleitoral de Bolsonaro.

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