Show do Milhão: O professor que perdeu o prêmio máximo por uma letra
Uma letra. Isso foi o que faltou para Jair Hermínio da Silva se tornar milionário por meio do programa Show do Milhão, em 2002, exibido no SBT.
O professor perdeu a oportunidade de mudar sua vida após contar errado quantas letras compõem o lema da bandeira nacional “Ordem e Progresso”.
Em meio a pressão dos 20 segundos, tempo que foi estipulado para dar a resposta, o mineiro respondeu que eram 16 letras.
Diante disso, deu a oportunidade para que Sidney de Moraes (vencedor do prêmio em 2003) fosse o único conhecido como ganhador do prêmio até hoje.
Planos do professor, caso tivesse ganhado o prêmio
Jair tinha o sonho de comprar uma casa em Guaxupé, aumentar a sua renda mensal, viajar para Bahia e ajudar duas amigas que moravam em Itápolis.
Na sua participação no programa, que na época era apresentado por Silvio Santos, o professor foi intitulado como “homem enciclopédia”.
Isso porque o participante tinha o conhecimento de muitas questão complexas, em que de forma comum, outras pessoas não teriam acertado.
Ele respondeu cerca de 15 perguntas com exatidão, como o significado da palavra “onfalite” e o nome do faraó que unificou os reinos do Egito.
O erro na contagem das letras
O professor alega que errou porque ao invés de contar as letras pelo lema “Ordem e Progresso”, confundiu com “Ordem ou Progresso”.
A sua participação foi divida em dois dias. Na data em que errou a questão havia retornado ao palco no dia seguinte e ele acredita que se a pergunta tivesse sido feita no mesmo dia das outras, teria acertado.
O aposentando que retornou para casa com apenas R$ 300,00, ainda afirmou não ter ficado triste porque perdeu o prêmio
Se ele tivesse deixado de responder a pergunta, embolsaria R$ 500 mil, que havia ganhado nas fases anteriores.
“Acidente de percurso”, diz professor
Desde a primeira edição do programa que voltou ao ar neste ano de 2021, apenas seis pessoas estiveram na mesma situação do professor.
No entanto, os participantes preferiram levar os R$ 500 mil ao invés de se arriscar com a pergunta final.
Numa entrevista concedida a Folha de São Paulo, no mesmo ano em que perdeu o prêmio, o professor disse “Por que errei? Sei lá. Acidente de percurso”, acrescentando que “imaginei que viria uma pergunta cabeluda e, de repente, aquilo. Fiquei desnorteado, surpreso. E acabei trocando as bolas”.
As duas amigas que ele pretendia ajudar, conhecidas como Zezé e Didi, levaram várias palavras de conforto para que Jair, pudesse se manter firme.
“Deus sabe o caminho da gente”, afirmou Didi na época. “Jair demonstrou coragem quando tentou responder a pergunta derradeira. Continuo admirando-o”, completou Zezé.